OUTONO
É outono em minha vida.
Despeço-me das folhas velhas
calmamente acontecidas
ainda grudadas em mim
com resina de lembrança.
Em respeitoso silêncio
deixo-as caírem ao solo
junto a meus pés.
Serão cascas de passado
lembranças do que eu era
sombras do que não sou
húmus do que serei.
É outono em minha vida.
Quero meus ramos libertos
abertos
vazios
cheios de espaços
para abrigar folhas novas
numa nova primavera
que há de nascer em mim.
Do livo da autora "Poemas para fim de tarde" - p. 61
É outono em minha vida.
Despeço-me das folhas velhas
calmamente acontecidas
ainda grudadas em mim
com resina de lembrança.
Em respeitoso silêncio
deixo-as caírem ao solo
junto a meus pés.
Serão cascas de passado
lembranças do que eu era
sombras do que não sou
húmus do que serei.
É outono em minha vida.
Quero meus ramos libertos
abertos
vazios
cheios de espaços
para abrigar folhas novas
numa nova primavera
que há de nascer em mim.
Do livo da autora "Poemas para fim de tarde" - p. 61