"FAZENDO ARTE DA DOR"
Com mãos trêmulas,
Pus-me a escrever um poema,
Ou melhor, plasmei minha dor num poema!
Meus dedos caiam certeiros sobre as teclas
De meu notebook, que, obedientes asseclas,
Formavam palavras, versos, estrofes e rima!
Meus dedos não eram guiados por meus olhos:
Pela só emoção de minh’alma, dos refolhos!
Assim, escrevi, senão um poema- obra prima,
Esculpi, com palavras, a dor, que minh’alma anima!
Mágico poder de cura
Unir dor e palavra e formar poema-escultura:
Fez-me esquecer a ingratidão de uma fria criatura!