"FAZENDO ARTE DA DOR"

Com mãos trêmulas,

Pus-me a escrever um poema,

Ou melhor, plasmei minha dor num poema!

Meus dedos caiam certeiros sobre as teclas

De meu notebook, que, obedientes asseclas,

Formavam palavras, versos, estrofes e rima!

Meus dedos não eram guiados por meus olhos:

Pela só emoção de minh’alma, dos refolhos!

Assim, escrevi, senão um poema- obra prima,

Esculpi, com palavras, a dor, que minh’alma anima!

Mágico poder de cura

Unir dor e palavra e formar poema-escultura:

Fez-me esquecer a ingratidão de uma fria criatura!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 18/03/2012
Código do texto: T3562056
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