ANSIEDADE

A tempestade ingente de minha alma

Que sofre e que palpita ansiosa

Cessa, quando sinto a doce calma

De ver a criatura mais formosa

Por ti, meu coração sempre em anseio

Palpita noite e dia sem cessar,

E eu sofro, calada, com receio,

De que nunca me venhas a amar...

Quando sorrís, eu sinto a alegria

Invadir a alma em borbotões,

E o coração que dantes já sofria,

Sófre ainda, por não ter mais corações

Que compreendam toda a agonia

Qua agita o meu corpo em convulsões...