CEGO D’ALMA
A luz sincera, o encanto triste
Da lua esplendorosa, em ascensão,
São sensações que nunca sentistes,
Pobre cego de beleza e de paixão!
És insensível ’a bela natureza,
Não sentes a magia do Amor,
Na tua rude crua aspereza
Só encontras desespero e dissabor...
Que podes sentir, ó cego d’alma
Sem um pouco de amor no peito vão,
Nunca sentirás a doce calma
De possuir alguém no coração!
Desperta tua alma adormecida,
Desperta o teu pobre coração...
Terá em tua alma nova vida,
Sentirás então a sensação
De tua alma nova, revivida,
Vibrando acordes da Paixão!