CUSTE O QUE CUSTAR

Eu vou por aí...

Vou correndo o trecho,

Subindo e descendo as ladeiras da vida,

Virando-me pelo avesso,

Para conter a saudade incontida.

Eu vou por aí...

Vou “mesmando”, vou indo,

Vou por que ir é preciso,

A estrada é para caminhar,

E eu vou tentando, oscilando, insistindo,

Transformando o vácuo em piso,

A lágrima em sorriso.

Eu vou por aí...

Ainda que o aí, seja o aqui,

Ainda que você me ignore,

Ainda que a revolta vigore

Ainda que os sintomas da dor eu tenha que omitir.

Eu vou por aí...

Mas, no interior do meu interior,

Existe uma força que nunca há de secar,

Existe um fio de esperança que é condutor,

E eu vou resistir, vou sobreviver,

O tempo é meu aliado, vai me ensinar,

E custe o que custar eu vou te esquecer.