Grãos de Pólen
I
Temperado na labuta do dia
Faz-se fôlego o pobre ser,
E vestindo-se das rezas esguias
Produz-se corpo
Ousa tecer
E tece fios dorados na vida.
II
Sorriso.
Mostra pura e descomprometida.
Ingênuo, simples, forte.
De tantas vozes, clarear de corpos.
Só riso, translúcida pureza
Incandescente d'alma.
III
Olhares descompromissados,
alcance do brilho.
Exalam, sem medida, a vida.
IV
Saltando nos palanques e palcos
A vida é.
Chocam-se tremores de risos, dor...
Mais sal(tos) temperam
À guisa de Che.