LEVANTAR PARA VIVER,

Despertai, ó, prudência benigna,

abra teus olhos de plana justiça,

combateis a loucura severa e malina

consumidora dos sonhos e cantos da vida.

Arrancai os grilhões das mãos prendidas,

derrocai o chicote que ao couro castiga,

libertai toda mente das ocas intrigas

das entranhas das almas falidas.

Devolvei ao ser a liberdade perdida,

mostrai a beleza dantes esquecida,

àqueles com rancor que o coração trazia,

por não ter mais esperança ou não a via.

Por tudo quanto a felicidade querida,

dentro do peito como morta jazia,

mesmo no corpo com ações já tolidas,

teve alcançe, enfim, a salvação pretendida.

Walmont di Castro
Enviado por Walmont di Castro em 18/02/2012
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