O sol nascendo sobre o Pão de Açúcar, Rio de Janeiro: eram 6h da madrugada do dia 24 de janeiro de 2012.
(Um doce para quem acertar o lugar onde tirei esta foto)
AMANHÃ SERÁ UM NOVO DIA
Mais uma noite,
Dormindo com as palavras
Que me vêm confortar…
Escrevo-as, releio-as,
Transponho-as
Para o livro da emoção
De que é feito o coração.
Sentimentos,
Paixões,
Recordações,
Tudo é destilado
No mundo
Das palavras...
No fundo,
Ainda que esteja só,
Sei que sempre
Me acompanharão…
Amanhã
Será um novo dia,
Quem sabe,
Me encontre
Em algum caminho,
A alegria…
E entre palavras e sonhos
Nasceu o sol
No meio das brumas da aurora
E os alvos lençóis desta cama
Continuam frios e vazios...
Abraço o pensamento
E pergunto-me:
Onde deixamos de ser?
Em que deserto perdemos
A alegria de viver?
Em que esquina da vida
Nos desencontramos,
Em que rua fui perdida,
Em que mar fui esquecida?
Com que vento deixei ir
Meus sonhos, risos, fantasia,
Encantamentos de menina,
Não encontro mais meu ser...
Nesta vida fria
E sombria
Quem sabe,
A alegria,
Me encontre
Em algum caminho,
Um dia…
Nasceu o sol...
As palavras
E o silêncio
Da madrugada
Parecem querer
Me namorar...
Minha mente
Continua dispersa
Sem destino
Para pousar…
Amanhã
Será um novo dia,
Quem sabe,
Me encontre
Em algum caminho,
A alegria…
Ouvindo: «Você não me ensinou a te esquecer» - Caetano Veloso
Ana Flor do Lácio