Sombra
A sombra é pouca e sem nome
Por onde anda toda loucura
De uma guerra que nada tomba.
Só padece o que já morreu.
Aquele que vive
Ainda assombra
A ideia do eterno grito ateu.
Com calma o mundo anda,
Catando espaço e tempo
Nos homens que juram possuir alma,
Assim, numa curta caminhada.
Por que tudo é nada,
Se a vida espalma
Uma ilusão ilhada?
A sombra,
Que guarda o passado,
Assombra o futuro.
A calma,
Que acalma o presente,
Esconde a fúria,
Semente da sombra.