texto-ada
às vezes penso que é ele,
que vem do jeito que quero
ou de que gostaria,
mas depois que o leio,
acho que ficou faltando tudo,
mas não adianta,
ainda que me deforme
ou me circunscreva,
preciso dele pra falar de mim,
de tudo o que não tolero,
do teu vestido-bolero,
(que ainda volta essa moda)
de que há muito saí de moda,
do que fizeram com os árabes,
negros, índios e os loucos,
de como é que falta tão pouco
pra nova História surgir,
a nova Geografia,
Desenho Industrial,
de como é sensacional
poder escrever o que quero,
atrás de um texto sincero
que não se confunda comigo,
mas que possa ser meu amigo
tão logo ele possa existir
ou que eu lhe dê permissão...