Velho Chico.
Pobre Francisco,
O primo pobre de um “certo capitalismo”,
Caminha sozinho pela rua vazia,
Ditando o tempo de uma canção realista,
Sua vida sem rumo ou pista,
Senta no banco do egoísta para descansar,
Não sabe dizer se vai ou se fica,
Mas não pode parar...
Pobre Francisco tem mais duas ou três bocas para alimentar,
Mas o velho Chico não é triste não,
Lutou a vida inteira sem pedir perdão,
Nobre brasileiro de essência,
Foi rumo a decadência, mas voltou,
O velho Chico já foi de tudo,
Foi pobre, foi rico, pedreiro e até doutor...
De joelhos aos pés do redentor,
Sempre com um sorriso nos lábios,
Velho Chico, o sonhador,
O verdadeiro representante, do que é o amor.