**** Fantoches***
Tempo... O que faço!
Se despedaças repentinamente
Tudo o que faço
Pedes espaço, corrompendo laços
Como se fossem bonecos ou fantoches
Sem vida própria
Fazendo pirraça por onde passas
Tempo... O que faço!
Se despedaças cada dia que passa
Toda ilusão que nasce
Pedaço por pedaço como que achando graça
Da minha desgraça
Tempo... Por favor!
Não desfaça os sonhos que hoje nascem
Já te dei tanto espaço
É tempo de recompor sonhos
Refazer laços
Tempo por favor
Vá dizer à alegria que passe
Outra vez por onde passo.
São Paulo, 18 de agosto de 1986.
Darcy Bilherbeck.