Vem da Montanha
Da oração restou a flor,
Orvalhada como a minha face
Descendo do breu, buscando
Nas entrelinhas uma razão, estros luz
Para espalhar palavras sobre o chão de giz!
Concebido pelo desejo,
A voz me acolhe, move meus moinhos
Trazendo por cordas e arcos
Um doce pedaço de vida incomum
Ao coração pulsando entristecido!
Do verso que veio da montanha,
Ainda sinto a alma embevecida
Dançando pelos vinhedos
Tatuando na brisa letra e melodia
Capaz de reacender... Trilhar sem o luar!
Só entre a praia e o mar,
Deixou que vento sopre cantado
Suas prosas e rimas entoando
Em cada uma delas um amor que está calado,
Introduzindo minhas preces,
Ecoando em meus sentimentos!
Auber Fioravante Júnior
23/01/2012
Porto Alegre - RS