SORRISO DE CRIANÇA
Nada no mundo se compara
Ao sorriso de uma criança
No tempo de sua infância...
Como se fossem flores abertas
Na primavera de uma relva encantada
Rolando vamos pelo soalho macio
Dos sonhos mais lindos
Agarrando quimeras palmilhando
As pétalas pelo caminho imaginário
Como se fossemos pequenos canários
Descobrindo e recordando
O ninho do pássaro menino
Tirando as primeiras notas
De seu violino que solta do peitoril
Como o farfalhar de sua inocência infantil
Quão amada trilha
Infinitas estrelas brilham
Neste céu de vinil
Como se não cicatrizasse nunca
Este negrume de paz
Em que cintilam sentinelas
Como querubins debruçados na janela...
A vela vai se apagando
Vai crescendo nos anos
O bolo da vida vai diminuindo
E depois vai sumindo...
E no suspiro não mais das flores
Mas das palhas...
Vai sumindo o menino como uma falena de prata
Na noite escura da mata
Nada se compara ao sorriso de uma criança
No tempo de sua infância...