Ao Mar
Ó mar, que a tudo banha com beleza
E que separa a Terra em continentes;
Deixara muitas vidas descontentes
Por derramarem prantos de tristeza.
Ó mar, que dá emprego aos pescadores,
Aos capitães, marujos e barqueiros,
Que te cruzaram - valentes guerreiros -
Perdendo para sempre seus amores.
Ó mar, como é amargo o seu sal,
Não são só lágrimas de Portugal,
Mas lágrimas de um mundo inteiro.
Guardai a alma de nossos guerreiros,
Já que Deus em suas águas olhou
E o céu, do seu reflexo, se criou.
*Uma homenagem a todos os parentes e vítimas de Tsunamis, Maremotos e, recentemente, dos mortos e desaparecidos do Cruzeiro próximo à ilha da Toscana.