O RIO...

O RIO...

(Luciane A. Vieira – 23/08/2010 – 01:21h)

Na correnteza das águas intempestivas

De um rio ofegante

Estão centradas forças trigueiras

Que empurram pra frente a vida...

Veia de sangue incolor, mas de odor

Límpido e calmo, por vezes,

Mas corriqueiro e abrupto...

Nas águas que rugem calmamente indóceis

Regurgita uma luz cuja esperança alimenta,

No afã de incontáveis segredos,

O anseio de ter nos versos contidos

A flama que alucina a vida e

No secreto sentido de sua retidão

A esperança louca de vencer

A corrida inédita feita contra

A própria vida...

Na tempestade do tempo...