CAMINHOS CHAMADO VIDA

Corro risco de correr o risco, então me belisco,

Faço meu rabisco colo um asterisco e arrisco,

Andei em linha reta, achando estar correta,

Hoje percebi, os nuances, os romances,

Não adianta querer escapar dos caminhos íngremes,

Não há rosas sem espinhos, não há dia sem noite,

Entrei em redemoinhos, sair estonteada, chorei,

Olhei para traz com saudades e ainda chorei,

Tentando dar sentido ao que havia perdido,

Caí, levantei, olhei e estava só, bati o pó,

Sem ter dó em desatar o nó,

Entre um contexto e outro apareço, cresço,

Vou fazendo os arranjos da minha composição,

Às vezes em contrapostos, sem amarguras,

Sem desgostos, solto o meu canto,

Quero compor uma sinfonia de alegria,

Quero amigos coloridos, amizades construídas,

Em um jardim florido chamado coração,

Estou pronta para sentir emoções,

Entre contradições, vou criando, compondo

Minha história sem demora venha agora,

Poesia, nostalgia, saudades, realidade, fantasia,

Sentimentos, arrependimentos, erros acertos,

Criatividade, amizade, paixão, vida,

No meu mundo de fantasia cabe tudo, todo dia,

Não há linha reta, nem desvios duvidosos,

Há caminhos tortuosos carregado de contradições,

Corajoso destemido fortalecido e querido, sem receio,

Vou seguindo, meu destino, ou desatinos, vou sim,

Filtro o melhor de mim e abraço meus estilhaços,

Vou juntando os cacos, transformando na arte de viver,

Crescer ressurgir das cinzas e reconstruir a mina,

Hoje a menina cresceu floresceu e percebeu,

Que os destroços, são meus então me comporto,

E limpo o que posso, sigo e persigo construindo,

Meus artefatos sabem que de fato estou só, vou voltar

Ao pó, não quero dó, quero uma sinfonia,

Linda melodia, um batuque alegre,

Pode ser uma viola ou violão,

Quero só que toque ao coração,

Com recordações e emoção.

Marta Paes

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 07/01/2012
Reeditado em 27/07/2015
Código do texto: T3427354
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