Portas e lágrimas

Portas e Lágrimas

A porta bateu.

E eu chorei, mas não foi o vento que fez a porta bater.

Eu cai.

E eu chorei, mas não foi o buraco no chão que me fez cair.

Meu corpo doeu.

E eu chorei, mas não foi a dor que fez meu corpo doer.

Eu morri.

Não chorei, mas não foi a morte que segurou o meu choro.

O que fez a porta bater?

O que será que me fez cair?

Foi vento não, foi o perecer.

Foi buraco não, foi o iludir.

O que fez meu corpo doer?

Por que será que morri?

Foi dor não, foi o frustrar

Foi morte não, foi o desistir.

E a lágrima que rolou? outras tantas irão rolar.

E a porta que bateu? outras tantas irão se abrir

E a dor que eu senti? outras tantas vão sarar

E essa morte nem morte foi

E se foi não matou.

Essa queda nem queda foi.

E se foi não machucou.

E essa porta que fechou? uma hora há de se abrir

E esse rosto que chorou? uma hora há de sorrir

E a lágrima que rolou? outras tantas irão rolar.

E a porta que bateu? outras tantas irão se abrir

E a dor que eu senti? outras tantas vão sarar

A vitória há de vir

Se em sua volta procurar

Medalhas e coroas há de achar

Se em seu sonho insistir!

Dhiego Araújo
Enviado por Dhiego Araújo em 02/01/2012
Código do texto: T3417774
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