FIM DE ANO 
               
   Fernando Alberto Couto

      Luzes natalinas se apagando.
      Nas casas das crianças ricas,
      brinquedos jogados pelo chão.
      As cestas de Natal acabando,
      para muitas famílias extáticas,
      dentro de algum barracão.


      É uma semana inteira vazia,
      sem algum tema para poetar,
      só com nostalgia, sintoma puro
      de quem já teve algum dia
      muitas coisas para comemorar
      e sonha revive-las no futuro.


      O relógio não para de marcar
      os segundos que vão passando
      e nós, entre cada Sol e cada Lua,
      fazendo um balanço particular,
      vamos refletindo e agradecendo,
      por não estarmos a sós, pela rua.


      Agradecendo por tão poucas dores,
      as quais carregam outros humanos.
      Relembrando os antigos amores,
      procurando a almejada felicidade
      e sabendo que dias melhores
      só dependerão, sempre, de nós,
      independente de época ou idade.


      Mas aqui, neste Recanto das Letras,
      navegando com toda segurança,
      só vejo gente que sabe o que faz
      e, superando as previsões sinistras,
      no meu peito só cabe esperança
      num futuro, tranquilo, de amor e paz.  


                                  SP – 29/12/11
                   Fernando Alberto Salinas Couto

 

 
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Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 29/12/2011
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