TERRA: NOSSO CASEBRE

A certeza de que tudo termina,

A mente escurece, não ilumina

E faz que a gente aceita a triste sina!

Se a mente fala o que sabe – abala,

Pois que vem à baila nosso fim numa vala.

Mas, trazemos em nós o germe da dúvida,

E, diz o ditado: ”Quem duvida quer saber.”

A razão reflete... faz-se luz – o fim é morrer!

Como aceitar tão triste fim, tão dura realidade?

Se a dúvida gera conhecimento e mostra a verdade,

Trazemos em nós o germe de uma certeza – pura verdade!

O Grande Criador Universal não é carrasco nem boçal

É Pai bondoso, dadivoso e infinitamente rico – riqueza colossal!

Seu poder e sabedoria, com a nossa não se avalia – humilharia!

Cria não para a destruição, para a morte sem redenção,

Essa verdade, nós, filhos diletos, trazemos latente no coração.

Eis porque convivemos com a certeza da morte – sem desolação!

Sabemos, temos convicção, a morte é passagem, transição,

Afinal, temos um Mestre, cujo saber não aceita inquisição,

Que já nos disse: “Na casa de meu Pai há casebre e mansão...”

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 25/12/2011
Código do texto: T3405774
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