O que não domino.
Já rasguei muitas
Pus fogo em varias
E às vezes tenho vontade
De comer o caderno.
Só um pulmão meu respira,
Só um olho vê,
Só uma perna anda,
Só um braço levanta,
De só tenho de sobra.
Vivo no meio do caminho,
Se voltar é pior,
Se continuar vai ficando difícil.
Cheio desses impasses,
Espero acontecer...
O que um dia chamei de sorte.
Sempre vou e volto em delírios,
Sem sair de onde estou.
Não enumero as oportunidades,
Porque se não perco para a vida
Com certeza perco para a morte,
E a minha poesia continuará
No anonimato.