Junto às Mãos
Junto às mão
porção de água
e por entre os dedos
ela escorre lenta
e a umidade é secada
pelo calor do corpo.
Junto às mãos
e a areia recolhida,
meu brinquedo,
por entre os dedos
os grãos escorrem.
Junto as mãos.
Nada há.
O vazio é composto
por ar que passa
livremente sem
nem eu sentir passar.
Junto as mãos.
Como a água e a areia
que escorreram
e o ar que passou,
o tempo mudou
e eu renasço
como nova pessoa
a cada manhã.
L.L. Bcena, 19/09/2000
POEMA 647 – CADERNO: INSTANTES.