Junto às Mãos

Junto às mão

porção de água

e por entre os dedos

ela escorre lenta

e a umidade é secada

pelo calor do corpo.

Junto às mãos

e a areia recolhida,

meu brinquedo,

por entre os dedos

os grãos escorrem.

Junto as mãos.

Nada há.

O vazio é composto

por ar que passa

livremente sem

nem eu sentir passar.

Junto as mãos.

Como a água e a areia

que escorreram

e o ar que passou,

o tempo mudou

e eu renasço

como nova pessoa

a cada manhã.

L.L. Bcena, 19/09/2000

POEMA 647 – CADERNO: INSTANTES.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 18/12/2011
Código do texto: T3395171
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