Sol que me abraça

 

Agora é tarde, eu já falei minhas verdades

já cortei meus pulsos

já pulsa o coração noutra estação

 

É verão em mim

depois de tenebroso inverno

sinto o inferno do desejo

outra vez me queimando

 

As flores ainda cantam

mas as quero silenciosas

em meus cabelos negros

e seus perfumes em meus pêlos.

 

Nossas folhas secas recolhidas

são palavras mortas, inibidas.

Reescrevo por outras mil mãos

que me surgem...

 

Abraço o mundo, ele me abraça

Na lembrança você sucumbe

E meus pássaros cantam

outra vez em revoada.

 

 

 

Cristhina Rangel.

 

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 08/12/2011
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