NUM SOPRO
Nessa peleja de dias que esculpem a vida
vou nas mãos moldando o barro
como quem modela elemento garrido.
Acomodo os medos, aparos as arestas
que escapam- me dos dedos,
harmonizo os lados em tons coloridos.
Retoco por dentro em tempo,
e no tempo certo sopro o monumento
dissecando fragmentos doridos.
Renasce o boi de barro que esteve adormecido.
Aglaure Corrêa Martins
JP26112011