PANTERA NEGRIA I (Alucinação)
PANTERA NEGRA I -- (Alucinação)
Sempre anônima me procuravas
Nesta densa floresta humana
Com mensagens cifradas e anômalas
Em elegias rápidas e profanas
Desenhadas eram as tuas letrinhas
Até hoje continuas misteriosa
Conhecer-te era vontade minha
Trânsfuga e furtiva Stelinha
Na inspiração não soube te imaginar
Por isso permaneces no seio oculta
De leviana concha marinha
Num oceano de mistérios
Alheia a tudo e sozinha
Eras uma pantera negra
Um criptônimo qualquer
Sem luz, sem uma nesga sequer
Mesmo assim
Procuro-te ignota mulher
Porque o estilo secreto?
Musa de canto desconhecido
Em teus códigos mui espertos
Fiquei imensamente perdido
Onírica fantasia, uma fisionomia
Bailando em sutis imaginações
Concebo-te só em contornos
Mulher das minhas alucinações
Falsa miragem vem e ressuscita
Duma vez:
Os meus sonhos e as minhas ilusões.