PANTERA NEGRIA I (Alucinação)

PANTERA NEGRA I -- (Alucinação)

Sempre anônima me procuravas

Nesta densa floresta humana

Com mensagens cifradas e anômalas

Em elegias rápidas e profanas

Desenhadas eram as tuas letrinhas

Até hoje continuas misteriosa

Conhecer-te era vontade minha

Trânsfuga e furtiva Stelinha

Na inspiração não soube te imaginar

Por isso permaneces no seio oculta

De leviana concha marinha

Num oceano de mistérios

Alheia a tudo e sozinha

Eras uma pantera negra

Um criptônimo qualquer

Sem luz, sem uma nesga sequer

Mesmo assim

Procuro-te ignota mulher

Porque o estilo secreto?

Musa de canto desconhecido

Em teus códigos mui espertos

Fiquei imensamente perdido

Onírica fantasia, uma fisionomia

Bailando em sutis imaginações

Concebo-te só em contornos

Mulher das minhas alucinações

Falsa miragem vem e ressuscita

Duma vez:

Os meus sonhos e as minhas ilusões.

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 04/01/2007
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