Ai !
Ai! de mim que não posso
Conter a chama acesa
A intuição de escrever
Debruçada sobre a mesa
Ai! do sonho mirabolante
Se não pudermos o concretizar
Tornar-se-iam pura ilusão
Se o poeta não o imaginar
Ai! de quem tentar entender
O coração de um poeta qualquer
A de perder muito tempo
Pois nem o poeta sabe quem é.
Ai! daqueles que nada fazem
Que deixam de lado a inspiração
A todos é dado como presente
O maravilhoso e divino dom.