Busca-me, oh doce pássaro!
Escorrega teu vôo pela tormenta destes ombros
E voa-me como lábios pousados na hora do beijo
Previsto em tuas asas de antes.
Deixa que caiba em mim o tempo de ir
O partir debruçado em destinos e gestos
Levantando-me por ventos cegos de coragem
Inventados na paz do depois.
Busca-me, oh doce pássaro!
Morando alturas, que ausentes, desconheço!
Desenhos sagrados do teu céu
Onde sei, contigo mereço!