Qual o calibre do profeta?
Os cachos verdes da vide,
Prometem ditoso dote,
Claro que meu olhar incide,
Sobre as colinas de seu decote.
Dois olhos acenam fruto,
Que quero comer todinho,
Seus gritos, silente escuto,
E creio em promessas de vinho.
Se esse mágico pergaminho,
For só minha alma inquieta?
Foi dito, escutei tudinho,
Mas, desejo é um falso profeta...
Agora, se foi um dos bons,
E falou da parte de Deus,
Ah, gatinha, quantos ronrons,
Teu leito nos braços meus...
Dane-se a sina e seu cabresto,
Tem oásis em meu deserto,
Deletarei o corretor de textos,
De qualquer jeito, tá tudo certo...