O CÉU DO POETA
O Céu do Poeta
Marcos Olavo
No seio do carnaval, me acho,
E tento reconhecer a perfeição,
Pois eu percebo que a perfeição é a alegria
Que me faz festejar com balões.
Eu nado de um lado pro outro.
Ao encontro das águas inquietas.
À procura da poesia perfeita,
Buscando nos céus da vida.
Atravesso os rios das matas queimadas.
Procurando a resposta esquecida,
Eu recrio o caminho da beleza,
Renascendo várias dúvidas
Sobre o mar e o verde riscado.
Acordo em noite clara
Para acreditar no que os olhos mostram,
De uma terra sem parto,
Pois conheço a sua arte do passado.
Um gole de imprudência.
Quando cansado, eu sento nesse banco podre,
Para enxergar com visa de águia as cores vivas
Que um esteve em seu lugar pintado,
Pelas as mãos do artesão.
Brindo com copo da mágoa.
Feito de barro pelas mãos da verdade,
Achada na mata virgem e matada,
Brindando as artes escritas,
Pela pena do poeta,
Pois, pra quem não sabe,
Fica nessa realidade
O céu do poeta.
Escrito por: Marcos Olavo
Confissão: Nos anos de 1998 e 2000.