Meu pequenino grão de areia.
Como fagulha que ascende a lareira de algo que quase morreu, mas por milagre renasceu.
A centelha de um centeio.
O pequenino montinho de poeira vermelha coloriu a minha face de esperança.
Pois, que o mundo insiste em matar meus sonhos (e matam).
Mas, meu pequeno grão de areia chamado esperança ainda há de arder dentro de mim.
Ainda ei de percorrer meus caminhos pelas labaredas do fogo da injustiça.
Ainda beberei meu sangue no copo da maldita hipocrisia e discriminação.
Muitas serão as lágrimas.
Meu coração ainda muito vai chorar.
Minha alma ainda haverá de sangrar dia e noite.
Mas, a centelha de centeio.
O meu pequenino grão de esperança haverá de ascender em minha alma o desejo de continuar.
Persistir...
Buscar...
Ir até o fim...
Buscar perto da areia do mar, um grão encontrar...
E acima de tudo, nunca, jamais deixar a esperança morrer, jamais.