ALMA INQUIETA

Quem me dera

em momento fugaz

mesmo em sonhos

possa ter o dom

para alegrar os meninos

tristonhos,

de sorrisos amarelos

e olhos singelos.

Quem me dera

ter o céu para vigiar

aquele pequeno olhar...

Olhar que pede,

olhar que chora...

Numa estranha dissonância

que dói no peito

em longas vibrações.

Vejo coisas do passado

e do presente

no olho d’água do viver.

Quem me dera eu poder...

Neste deserto de incertezas

que só nos traz tristezas...

Quem me dera! Quem me dera!!