Há de sobreviver o amor
Desde aqueles tempos distantes,
Que não sei explicar,
Existiu um grande amor,
Que agora venho contar.
Mas era tão difícil saber,
O porquê a promessa não fez,
Amava com o coração e não mostrava,
Que amor era dessa vez?
A mesa estava coberta
Com o branco da toalha,
A rosa vermelha mostrava
Sua elegância estampada.
A noiva aparece radiante,
E apanha o seu buquê,
Espalha tanta alegria,
Que todo mundo sente e vê.
Na igrejinha da vila,
Todos estavam a esperar
O noivo sorridente e elegante,
No altar, de um lado para o outro a andar.
Eis que todos estavam ansiosos,
Para o casamento assistir,
Alegres pela vitoria,
O amor que nasceu para resistir.
De tão atribulado amor,
Sua história veio contar.
Naquela cidade pequena,
E cheio de esperança a despertar.
Mas a moça, hoje noiva,
No passado outro coração encantou,
Mesmo não dando esperanças,
Esse á ela vingança jurou.
Era o fazendeiro rico,
Com seus capatazes maldosos,
Que queria aquela noiva,
De qualquer jeito sem remorsos.
Ao chegar bela moça,
Inocente toda de branco,
Viu o fazendeiro triste,
Chorando com seus prantos.
Aproxima-se do pobre desolado,
E jura então ajudar
Não entende como pode,
Sua felicidade não aceitar.
Mas o coração doente,
Cheio de maldade e adversidade,
Promete naquele momento,
Não reconhecer tal felicidade.
A noiva triste por saber,
Que não poderá consertar,
Um engano do destino,
Coloca-se seu vestido alinhar.
Vai em direção à igreja,
Encontrar o seu amado,
Mas o tiro da espingarda disparado ao vento,
E ouvido por todos com tomento.
O vestido antes branco,
Agora se torna cor de sangue,
O tiro vindo rasteiro,
Acerta o corpo certeiro.
Cai ali imóvel a noiva
Sem nada poder fazer,
Mas nos braços do noivo amado,
Jura amá-lo mesmo ao morrer.
O amor que era tão grande,
Sobreviveu a morte então,
Renascendo em outrora,
Numa nova geração.
E assim acaba a historia,
Que uniu corações,
Sombrio final de lágrimas,
Repleto de tristezas e emoções.