MEIA - NOITE

O coração ardendo em chamas

Com febre está minha alma

Por paz de espírito clamas

O interior quer a calma.

Não há voz na escuridão

Mas aceleradas estão as batidas

Dilacerando o coração

Em contradições e partidas.

É triste o roer da solidão

Insondável decepção

Mas eu não posso gritar

Faz-se necessário calar.

Oh, amargurada dor

Como é triste o luar

O vago palpitar

Do amor.

Não há como descansar

A mente não desacelera

Eu queria falar

Mas algo grita: espera...

Amanhã será outro dia.

PATRICIA PESSOA
Enviado por PATRICIA PESSOA em 04/09/2011
Código do texto: T3200518