MEIA - NOITE
O coração ardendo em chamas
Com febre está minha alma
Por paz de espírito clamas
O interior quer a calma.
Não há voz na escuridão
Mas aceleradas estão as batidas
Dilacerando o coração
Em contradições e partidas.
É triste o roer da solidão
Insondável decepção
Mas eu não posso gritar
Faz-se necessário calar.
Oh, amargurada dor
Como é triste o luar
O vago palpitar
Do amor.
Não há como descansar
A mente não desacelera
Eu queria falar
Mas algo grita: espera...
Amanhã será outro dia.