PARA QUANDO EU PARTIR
pendura meu coração
na rabiola de uma pipa,
que o vento possa levar...
desenha meus olhos doces
numa nuvem passageira,
seu rumo no céu a traçar...
põe meus sonhos numa asa
de uma ave migratória,
que longe possa voar...
põe meus planos na colina
aonde o olhar ternima,
para ao horizonte eu vagar...
estampa o meu sorriso
no sereno da manhã,
que o sol faça evaporar...
põe minha sombra na varanda
para vindo a alvorada,
ela pois se desbotar...
põe meus versos na garganta
e grita bem alto- forte,
para no ar me dissipar...
e de mim sobrando algo,
esconde no fundo do peito...
- para quando eu voltar!