SAUDADES DA ROÇA
SAUDADES DA ROÇA
Saudades de casa, meu pedaço de chão
Onde eu deixei para trás o meu coração
Para vir pra cidade, e viver numa ilusão
Na esperança de um dia voltar ao sertão
Saudades do verde sem à destruição
E do ar puro do campo sem poluição
Das folhas da figueira caindo no chão
Da lenha queimando, no velho fogão
Tranquilidade que não tem na cidade
Almas limpas sem nenhuma maldade
Todos vivendo na pura simplicidade
É por isso que choro e tenho saudade
Tenho saudades do canto dos sabiás
Cantando livre no alto dos jequitibás
Saudando a vida num mundo de paz
Relembro a roça que deixei para trás
Saudades das trilhas abertas no chão
Que levavam as margens do ribeirão
Onde eu escovava os pelos do alazão
Que em galopes, eu cruzava o sertão
Saudade da minha alegre comunidade
De onde tinha, toda à minha liberdade
Não vivia aprisionado igual na cidade
Trazendo o peito, partido de saudade.