Quereria fora assim como um pássaro ferido...
E quando um dia acordasse tu tivesses partido
Houvesse tu mesmo tua asa curado
E voado...
Enxergasses outros mundos
Te erguesses deste poço tão fundo
Que bebesses de outras águas
Mui frescas e claras...
Que te fosses.... feliz
Quereria muito que a mim parisses
Por isto pergunto:
Porque não me expulsas de dentro de ti?
E este grosso umbigo que fica aqui...
Que faz a ponte...e liga
Quereria corresses ligeiro as tuas tão amadas paragens
Olvidasses as ilusórias mentais imagens
Não mais teu olhar voltasses
Sob pena de em estátua de sal te transformares
Remendasses teus pedaços rasgados
E leria então em ti outros versos
E verias tu outros universos
Mas tu não me pares!
Não queres sentir outros ares
Ficas assim
Esperando teu fim
É este o castigo que a mim infringes?
Sabes...
Dum plúmbeo peso me tinges
E assim jamais nasço
Não dou o passo
Porque não contrais no parto do teu pensamento
Não respiras,no exato momento
Quereria dar ora o grito
O grito do recém nascido
Então tu paririas
Partirias...
Então novamente
Tu ririas...