borboleta e jardim

A sina castrando faz eunucos,

que guardam o harém da ventura,

A honra do sultão a manter-se pura,

Sem munição seus parcos trabucos.

O afago convidado ao desapego,

Se apega, mesmo contra o convite,

Incapaz de não sonhar com achego,

Natural que a lua em órbita, orbite.

O deserto o camelo até traça,

Foi moldado pra esse curso insano,

Duro é engolir esperança e graça,

E ruminar o bolo do desengano.

As flores dormem na semente,

Despertas trarão luz ao dia,

Por si mesma, a cor é alegria,

Pétalas suaves sorrirão de repente.

A lagarta de longa espera enfim,

Valerá ao ver a beleza que sai,

Seu casulo se abrirá para mim,

Sobre o jardim, voa butterfly.

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 16/08/2011
Código do texto: T3162947
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