TRANSCORRER DO TEMPO – vivência

Fui moço.

Era cheio de dogmas, preconceitos

E idéias rotas – insegurança e incerteza.

Fui moço.

Não tinha a certeza do futuro.

Em um presente desesperante,

Não sabia se ia ou se ficava.

Fui moço.

Não sorria e nem sonhava – pensava apenas.

Não havia lembranças nem esperança – expectativas so.mente.

Estava corroído pela inexperiência.

Sou adulto.

Libertei-me de falsos paradigmas.

Há certezas (nem sempre certas) – vou remando

(um dia aprendo a rimar)

Muita vontade de viver – sempre tive.

Sou adulto.

Certifico-me do presente

e do futuro lentamente se tornando passado.

Tempo que domino com plena presteza.

Serei experiente (um dia, pois velho é quem já morreu)

Terei lembranças de tempos idos que eu deles tinha medo.

Os temores não se concretizaram.

Realizarei ainda muitos sonhos.

Recordarei da época em que eu era um simples jovem inseguro.

E neste momento

De tanto ter temido o futuro,

De tanto ter certeza do presente,

De tanto ter recordado o passado

Cansado morrerei

-ENVELHECEREI

Descansarei para, quiçá, uma nova jornada

-quem me levou até aqui, decerto me trasladará além.

L.L. Bcena, 27/12/1999

POEMA 309 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 15/08/2011
Reeditado em 15/08/2011
Código do texto: T3161135
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