A meta máxima
A meta máxima
Eu aqui sozinho
E você ai se divertindo com as dezenas de peixes do seu aquário
Multicoloridos e com todas as faces dos elogios que você recebe
E eu cada vez mais excluído
E eu cada vez mais discriminado
Não há mais roda gigante
Não há mais passeios no parque em meios às árvores-testemunhas
Não há mais sorrisos para mim
De mim pra você e de você pra mim!
Não há mais Vitória
Não há mais Presença!
Seu mundo é assim tão pequeno
Que eu poderia comê-lo mesmo dentro de meu pires alouçado
Com faca e garfo
Tomando o maior cuidado para não me sujar com seus restos de gordura!
Seu mundo é assim tão pequeno
Que parece-me que está passando bem despercebido aos olhos do Criador!
Você não governa mais seu senso de solidariedade
Você já não tem mais controle sobre essa sua vaidade inóspita, desprezível e estocada!
Sua alma é sozinha
Ela vaga, vaga, vaga e apenas continua a refletir o brilho de uma lua difusa e maldosa
Porque essa é você mesma
Maldosa, altiva e ignorante em sentimentos!
Eu queria alcançar o cipó mais alto da Árvore do Amor
Mas você sequer permitiu minha ida ao banheiro
Para lavar o rosto e me preparar para um novo dia
- e eu corri de um lado para o outro sem saber pra onde ir
E eu sorri, sorri, sorri e você sequer sentiu meu perfume!-
E eu com isso aprendi que ser desprezado pode ser uma dádiva
Quando esse desprezo não é sincero
E você vê nos olhos de uma bela mulher que ela te deseja
Mas que naquele momento ela deve manter sua compostura!
A vida por vezes é triste
A vida por vezes é tão arriscada
A vida por si só e todos os seus sinais
Não te dizem assim tão claramente quem o ama de verdade!
Minha meta é construir
Um mundo de Sonhos e Verdades
Para que quando tudo estiver pronto
Você possa olhar no fundo de meus olhos
E dizer que finalmente poderá me amar!