Maio

Maio,

Rosa desbotada,

Em ti as súplicas desmaiam

De uma mão desamparada.

Maio, amanheces

Tão amaro e amargas,

Em ti mais um clamor se ergue,

Mais uma lágrima te malha.

Maio,

De sabor caustico,

Cheirando a mofo,

Tens som de tango triste

E a tez do desgosto.

Maio,

Sem pétala, sem néctar,

Marcada pela espera,

Tolhida por incertas primaveras.

Maio,

Onde o medo transplanta um desejo

De logo ver

Outra Maio

Em outros maios.

Ivanita
Enviado por Ivanita em 27/07/2011
Código do texto: T3121205