ALVORADA
Vista-se e venha ver, a alvorada vai voltar
Veja o vento, hoje há vagas, quem quiser pode voar
Não se venda, ao ventrílogo que insiste em sussurrar
No seu ouvido, não percebes, te diz o que fazer e o que falar
Uma volta pelo vasto caminho ao anoitecer
Um grande verde e uma bela vibração
Uma planta nova e uma nascente pronta para verter
Uma vida plena e uma viajem rica à nascer
Visita ao desconhecido, esta alvorada vai oferecer
Ame tudo, mas não venere,
Porque o ventrílogo vaga à sua volta
Sempre com algo pra te convencer
Como um vírus te infecta
Como um parasita em ti vai viver
Dance a valsa, com seu par
Vasculhe coisas antigas
Ria e chore sem exitar
Visite o passado mas não reviva
Continua a caminhar
Ouça a voz, mas não ignore o olhar
Seja visionário,
Mas não deixe de sonhar
Prefira sempre a verdade
Mas saiba que ela também sebe enganar
Leia sempre uma poesia
Depois a rasgue, não tente de outra forma interpretar
O que ela diz é sempre o que você entendeu
E nunca o que o poeta quis passar.