A Plenitude Da Vida

Se eu fosse fada madrinha
Com minha varinha de condão
Apagaria em um só “plim”
As mágoas ancoradas em seu coração.

Mas sou uma mulher sem norte nem sorte
Que desconhece a face de Deus
Tudo que posso ofertar-lhe, meu amigo
É a sinceridade dos carinhos meus.

Quando o destino sem remorso arreganha os dentes
E em nós cospe a fúria espumada dos acontecimentos
Faz-se preciso buscar a coragem, no fundo, escondida
Para vencer a longa noite escura dos ressentimentos.

Se a morte leva embora quem mais amamos
A perda abre, no peito, imensa ferida
Mas, por favor, creia em mim por mais difícil que pareça
Nem o inferno do luto apaga a plenitude desta vida.

Há beleza e poesia em toda parte
O mundo é cheio de encantamento
O amor sempre vence a dor
O passar do tempo esmaece o sofrimento.

Vamos juntos olhar a eternidade das estrelas
De olhos fechados rezar para ficar tudo bem
Aceite com carinho a minha mão e tenha fé
Um novo amanhecer logo vem.