ENTRE ASPAS
Caminha sob crateras
pisando o assoalho da lua,
cava a vala na fala,
extraindo dela canções.
Ascende, atravessa o palco,
representa o instante ideal,
revela a melodia in[constante],
no tempo o amor i[mortal].
Sobrevoa com asas opacas
jardins em tom esperança,
rega a flor despetalada
por um ato de vingança.
Colhe o beijo da alma,
afaga a mão do maltrapilho,
sopra a des[ilusão]
voa nova[mente] sozinho.
Por entre aspas caminha...
Caminha por entre flores e espinhos...
Aglaure Corrêa Martins
JP11062011