ESPERANÇA
Uma porta aberta ao
desconhecido
desejos e mistérios
a olharem pela janela
fechada
uma fachada invisível
uma cena apagada
pela não existência
(conclusão sem foco).
O sonho vago eu espero
(cru)
a andar descalço pela
madrugada
tempo fora do relógio
a dor inexiste pelos olhos
o medo caminhando na
nebulosidade
saudoso vejo o amor
vestido a marcar levemente
o corpo
como as ondas do mar
meus olhos quase pegam
o desconhecido criou corpo
(estará de azul?)
e brilha como o dia
sol manso
deixando marcas no chão
(tapete já posto, vermelho)
meus dedos a bater no
vidro da janela
como a reger uma marcha
nupcial
o sonho quase sou eu
- carne e osso
a alimentar o desejo
da espera
de vê estrelas na noite
de ser o cavalheiro a abrir
a porta do
carro no estacionamento
o vestido é azul
ainda era dia
quase pegando na mão