ESPERANÇA

Uma porta aberta ao

desconhecido

desejos e mistérios

a olharem pela janela

fechada

uma fachada invisível

uma cena apagada

pela não existência

(conclusão sem foco).

O sonho vago eu espero

(cru)

a andar descalço pela

madrugada

tempo fora do relógio

a dor inexiste pelos olhos

o medo caminhando na

nebulosidade

saudoso vejo o amor

vestido a marcar levemente

o corpo

como as ondas do mar

meus olhos quase pegam

o desconhecido criou corpo

(estará de azul?)

e brilha como o dia

sol manso

deixando marcas no chão

(tapete já posto, vermelho)

meus dedos a bater no

vidro da janela

como a reger uma marcha

nupcial

o sonho quase sou eu

- carne e osso

a alimentar o desejo

da espera

de vê estrelas na noite

de ser o cavalheiro a abrir

a porta do

carro no estacionamento

o vestido é azul

ainda era dia

quase pegando na mão

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 10/06/2011
Código do texto: T3026456