Asas da vida
Saberia o vento dizer quantas histórias já soprou?
E quantas, às vezes interrompidas, seu doce murmúrio levou?
Neste voar incessante, tudo e plausível de ocorrer
Porém, aconteça o que for,
Um doce alento vem sempre nos envolver.
Passava por uma noite fria,
Tão nublada quanto minha alma,
E, ao nascer daquele dia,
Acreditava que o Sol pela ultima vez se mostraria.
Ao chegar a tarde,
Do dia, porque por aqui era sempre madrugada,
O rumo do parque tomei,
E, vagando pelos terríveis caminhos do desespero,
Um pequeno brilho encontrei.
Colorido e singelo,
Delicado e encorajador,
Assim era o aspecto daquele milagre,
Que a vida seu maior hino entoou.
Quebrando as amarras do casulo,
Nascendo para uma nova vida,
Fazendo irradiar a esperança e o amor,
Assim era aquela criatura,
Que outrora fora lagarta,
E agora uma linda borboleta se tornara!
Não é tão imprevisível o acaso,
Como pensamos nós, homens modernos,
Pois o mesmo sopro que sopra o vento,
É o que sustenta as asas da vida!!