Asas da vida

Saberia o vento dizer quantas histórias já soprou?

E quantas, às vezes interrompidas, seu doce murmúrio levou?

Neste voar incessante, tudo e plausível de ocorrer

Porém, aconteça o que for,

Um doce alento vem sempre nos envolver.

Passava por uma noite fria,

Tão nublada quanto minha alma,

E, ao nascer daquele dia,

Acreditava que o Sol pela ultima vez se mostraria.

Ao chegar a tarde,

Do dia, porque por aqui era sempre madrugada,

O rumo do parque tomei,

E, vagando pelos terríveis caminhos do desespero,

Um pequeno brilho encontrei.

Colorido e singelo,

Delicado e encorajador,

Assim era o aspecto daquele milagre,

Que a vida seu maior hino entoou.

Quebrando as amarras do casulo,

Nascendo para uma nova vida,

Fazendo irradiar a esperança e o amor,

Assim era aquela criatura,

Que outrora fora lagarta,

E agora uma linda borboleta se tornara!

Não é tão imprevisível o acaso,

Como pensamos nós, homens modernos,

Pois o mesmo sopro que sopra o vento,

É o que sustenta as asas da vida!!

Lucp
Enviado por Lucp em 03/06/2011
Código do texto: T3012588
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