À puridade
Quisera ouvir nas mutações da aurora,
Os sonhos longínquos dessas primaveras,
Nos brilhos foscos de irreais quimeras,
Mil realejos que não ouço agora.
Quisera ter na palidez das noites;
Os mesmos sonhos, o mesmo amor cruel,
Nas luzes brandas... fartas... os açoites
Da tarde louca, mansa e infiel.