NADA COMO
17.07.05.
Nem tudo é satisfatoriamente bom
Nem necessariamente ruim...
Nada está tão ruim que não possa piorar!
Volto novamente à relatividade
Habituei estar recluso em mim e
Às vezes na paz do inverno
(nasci pelado no frio de 73)
Virei décadas, milênio
Mas não nasci à 10.000 anos atrás
Aquela história da “trompa de Falópio esquerda” e
Somos assim: RESTOS IMORTAIS DE NOSSOS SONHOS
Corpos ambulantes de matéria sonâmbula
Pele e ossos perfeitamente articulados
Criados para objetivos, realizações
Nada como um dia após o outro
Nada como a dias... (mentira! sobrevivo!)
Nadar como? Sem mar?
O ar é flato dentro de meu mundo
Cerquei-me de coisas simples e
Contraditoriamente austeras
Sei ser nobre, sei ser pobre (mais ainda!)
Sei ser trinta e dois anos apenas
Sei ser Napoleão; quisera ser protótipo
Maquete futurista que se esboçasse e
Fica assim como um pedido
Que seja às estrelas, às luas que porventura vierem
Mais outros trinta e dois anos
Na relatividade
Produtivos trinta e dois anos
Longe da insipidez, numa alva tez
Sem resquícios do passado