NO MEU JARDIM

Caminho solitário pela estrada,
Como um anjo triste, um estranho querubim,
Perco o rumo, o prumo, a passada,
Deixo cair uma lágrima, sinto que sou um nada,
Uma folhagem morta de aipim.

...Tudo perdido nessa madrugada?

Não! Surpreendentemente não me rendo,
Lanço-me ao mistério da fé, estendo,
O olhar na plenitude do sem fim...
Espero a luz do sol pousar no meu jardim,
E as cores reluzentes da alvorada,
Operarem um milagre em mim.