O milagre do sangue.
Minha carne dilatada.
Minha pele cortada.
Meu coração sangrando.
E o sangue pelo chão jorrando.
Mas, ali onde tanto sangue foi derramado poderá um dia nascer uma flor?
E onde houve tanta dor, poderá um dia haver algum amor?
Meu Deus, para que tanta dor se eu só quero um pouco de amor?
Mas, um dia o Pai há de me ouvir, e em meu coração de criança pela dor mutilada, a esperança poderá novamente retornar.
E quem sabe assim, eu poderei amar.
E poderei novamente voltar a sonhar.
Mas, será?
Será mesmo?
Isso só o milagre do sangue poderá mostrar.
Só o milagre do sangue poderá demostrar.
Só o milagre do sangue poderá me salvar.