Demônios
Sussurros que brotam do silêncio,
Que gotejam da escuridão,
Que magoam feridas,
Que latejam risos de dor.
Cochichos se acasalam no vazio,
No vazio eternizado no sorriso órfão,
Ou enclausurado no olhar divorciado de brilho.
Palavras disformes, laceradas à altura do ventre,
Combaliam pelos setes desertos da mente,
Escrevem no chão pensamentos profanos,
Desenhados na areia com seus passos de sangue.
Os sons estão apodrecidos e encharcados de peste,
Os gritos... ensandecidos cavalgam memórias proibidas
E tudo são trevas!
Tudo, exceto os soluços da consciência.